Após debate em sala fechada, grupo de Cid Gomes decide filiação ao Pros
O governador do Ceará, Cid Gomes, e o grupo político que ele lidera confirmaram na noite desta terça-feira (1º) que irão para o recém-fundado Partido Republicano da Ordem Social (PROS). Eles haviam deixado o PSB na semana passada.
"Todos iremos para o PROS. Amanhã mesmo vamos assinar a ficha de filiação, aqui em Fortaleza. O desafio do novo partido é tentar com muita humildade a nossa marca de governar", disse Cid Gomes, após a decisão. Entre os políticos que saíram do PSB para o PROS no Ceará estão nove deputados estaduais, quatro deputados federais, 38 prefeitos e cerca de 300 vereadores.
Houve uma votação para decidir se o grupo iria ao Partido Democrático Trabalhista (PDT) ou para o PROS, siglas interessadas na filiação do grupo. Nos bastidores, aliados políticos de Cid Gomes afirmaram que a decisão de se filiar ao Partido Republicano já estava decidida desde a semana passada. De 22 pessoas que colocaram o voto na plenária, 21 defenderam o PROS, e uma apoiou a ida ao PDT.
O presidente da Assembleia Legislativa do Ceará, Zezinho Albuquerque, discursou em favor da filiação ao PROS. "PROS é um partido que podemos chamar de nosso. Seria apoiar a Dilma em 2014 e, então, o candidato Ciro Gomes em 2018", disse. Nesse momento, a maioria dos militantes presentes aplaudiram a fala.
Já o prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio, durante a reunião, relatou a conversa que teve com o presidente nacional do PDT, Carlos Lupi. "O PDT está em situação difícil por conta da criação do Solidariedade. O Lupi afirmou que a ida do Ciro e do Cid seria uma honra muito grande", relatou.
Saída do PSB
O governador do Ceará afirmou que deixou o partido para apoiar Dilma Rousseff nas eleições de 2014. Como o PSB deve lançar a candidatura de Eduardo Campos, o grupo do PSB no Ceará foi pressionado a apoiar o governador pernambucano ou deixar o partido. Cid Gomes chegou a dizer que sua saída do partido foi uma "expulsão moral".
O governador do Ceará afirmou que deixou o partido para apoiar Dilma Rousseff nas eleições de 2014. Como o PSB deve lançar a candidatura de Eduardo Campos, o grupo do PSB no Ceará foi pressionado a apoiar o governador pernambucano ou deixar o partido. Cid Gomes chegou a dizer que sua saída do partido foi uma "expulsão moral".
Além do PROS, Cid recebeu convite para fazer parte do PDT, PP, PC do B e PSD. O PROS teve criação confirmada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em 24 de setembro. Por ser um partido recém-criado, o ingresso de políticos na legenda facilita a regularização da situação do grupo de Cid Gomes.
A sigla PROS
No site do partido, o PROS afirma que tem como principal bandeira a redução de impostos. "A reforma tributária é um tema altamente complexo, portanto, precisamos tratar o problema por etapas, com segurança, perspicácia e inovação. O PROS surge não com soluções mágicas ou miraculosas que resolvam tudo de uma vez, mas sim com aquilo que sempre faltou para implantação de boas soluções no Brasil: vontade política", afirma o partido.
No site do partido, o PROS afirma que tem como principal bandeira a redução de impostos. "A reforma tributária é um tema altamente complexo, portanto, precisamos tratar o problema por etapas, com segurança, perspicácia e inovação. O PROS surge não com soluções mágicas ou miraculosas que resolvam tudo de uma vez, mas sim com aquilo que sempre faltou para implantação de boas soluções no Brasil: vontade política", afirma o partido.
O partido tem como presidente Eurípedes Júnior, ex-vereador de Goiás. No Ceará, a sigla será presidida pelo chefe de gabinete de Cid Gomes, Danilo Gurgel Serpa.
A aliança do PROS no Ceará irá apoiar a candidatura de Dilma Rousseff em 2014. Sobre a possibilidade de dividir o palanque na campanha com Luzianne Lins, desafeto político de Cid Gomes disse que "nunca teve problema pessoal" com a ex-prefeita de Fortaleza.
O atual secretário de Saúde do Ceará, Ciro Gomes, desconversou a possibilidade de uma candidatura à presidência daqui a cinco anos e defendeu o apoio à presidente Dilma. "Em 2018, daqui para lá, morre o boi e quem o tange. A nossa tarefa agora é afirmar o rumo estratégico da nossa militância no caso do Brasil porque as pessoas valem na política pelo o que são e pelo o que negam. A Dilma vale pelo o que é, mas ela tem muitas contradições. Mas nenhuma dessas contradições nos fazem equivocados de perceber que ela vale muito pelo o que ela nega. Contra ela, tem se movimentado projetos pessoais, oportunitas e vazios".
Prazo para mudanças
O prazo para quem pretende concorrer nas eleições do ano que vem trocar de partido ou se filiar a uma nova legenda termina no dia 5 de outubro. As listas com os nomes dos filiados serão entregues pelos partidos ao TSE em 14 de outubro.
O prazo para quem pretende concorrer nas eleições do ano que vem trocar de partido ou se filiar a uma nova legenda termina no dia 5 de outubro. As listas com os nomes dos filiados serão entregues pelos partidos ao TSE em 14 de outubro.