sábado, 27 de dezembro de 2014

Novo ministro da Educação prevê reforma no currículo do ensino médio



A reforma no currículo do ensino médio será a prioridade do futuro ministro da Educação, Cid Gomes. "Não será de um dia para o outro, vamos negociar com todo mundo antes", disse à Folha.
A proposta defendida por Cid é a adequação do currículo à aptidão do aluno. Se ele tiver propensão à área de exatas, por exemplo, poderá dar ênfase à matemática e à física no ensino médio.
Além da reforma, o novo ministro cita entre suas metas a ampliação de vagas no ensino infantil e de escolas de tempo integral, promessa de Dilma Rousseff na campanha.
Segundo Cid, no ensino integral, a ideia é focar as séries finais do ensino médio e fundamental, priorizando as periferias das grandes cidades.


Pedro Ladeira - 4.nov.2014/Folhapress
Futuro ministro da Educação, Cid Gomes (Pros) diz que fará reforma no ensino médio
Futuro ministro da Educação, Cid Gomes (Pros) diz que fará reforma no ensino médio
 
Governador do Ceará em fim de mandato, Cid Gomes toma posse na pasta em 1º de janeiro. A melhora em alguns indicadores educacionais no seu Estado foi o que motivou o convite de Dilma.
Recentemente, o governo federal chegou a adotar um programa de alfabetização inspirado em uma iniciativa cearense para ensinar crianças de até oito anos de idade a ler e a escrever.
Na política, Cid esteve do lado de Dilma quando seu antigo partido, o PSB, votou a favor do rompimento com o governo federal, em 2013. Dias depois, acabou saindo do PSB e entrando no Pros.
Cid provocou polêmica com uma frase durante paralisação de professores em 2011, ao comentar os baixos salários de um docente no Ceará: "Quem entra na atividade pública, e isso vai de deputado, a governador, prefeito e vereador e também médico, professor e policial, a meu juízo, deve entrar por amor, e não por dinheiro."
À Folha, disse ter sido mal interpretado. "Sou filho de professores. Meus pais me sustentavam com o salário deles, amavam o que faziam."
Deputados petistas tentaram impedir a escolha de Cid Gomes para o ministério.
O núcleo de educação do PT apresentou uma carta com 21 assinaturas a Dilma, no início do mês, pedindo que um petista ocupasse o cargo.
Os deputados lembravam que será a primeira vez em doze anos que um político de outro partido assumirá o controle da pasta. Segundo eles, o ex-presidente Lula também ficou contrariado.
"Essa é um reivindicação legítima, dado o acúmulo do partido no setor", argumentou a deputada Fátima Bezerra, coordenadora da bancada da educação. Para acalmar os ânimos, Cid sinalizou com a possibilidade de petistas participarem do ministério.

terça-feira, 23 de dezembro de 2014

Cidade natal de Cid Gomes inspirou programa nacional de alfabetização

Sobral tem uma das melhores avaliações do Ideb no Ceará e no Brasil.
Programa de alfabetização na idade certa começou em Sobral, no Ceará.

Do G1 CE
No último discurso como governador, Cid destaca avanços na educação (Foto: TV Assembleia/Reprodução)No último discurso como governador, Cid destaca
avanços na educação
(Foto: TV Assembleia/Reprodução)

A cidade natal do governador do Ceará, Cid Gomes, nomeado nesta terça-feira (23) como ministro da Educação, inspirou programas nacionais de educação. O Programa de Alfabetização na Idade Certa, desenvolvida inicialmente em Sobral, foi a base para a criação do Pacto Nacional de Alfabetização na Idade Certa, do Governo Federal.
"Essas avaliações, tanto as feitas pelo Ministério, quanto as avaliações censitárias, mostram um quadro preocupante da distribuição regional da desigualdade. Por isso, é tão importante que lá em Sobral, um prefeito e hoje um governador tenham mostrado que encarar a alfabetização na idade certa, não só é possível, como foi realizado. Faz parte da realidade do Ceará", afirmou Dilma Rousseff, quando anunciou o lançamento do pacto nacional.
Durante discurso na Assembleia Legislativa do Ceará, antes do anúncio oficial de que ocuparia o cargo de ministro, Cid Gomes destacou ações voltadas para educação durante seu governo, de 2006 a 2014. "Essa experiência teve muito resultado e está sendo estendida desde o ano passado até o quinto ano no Ceará", afirmou.
A cidade de Sobral alcançou a meta estabelecida para 2021 do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb). Segundo o Ministério da Educação, o PNAIC envolverá 108 mil escolas, 400 mil turmas e 360 mil professores.
No Ceará, o Programa Alfabetização na Idade Certa capacitou cerca de 15 mil professores dos 184 municípios cearenses e beneficia mais de 300 mil alunos de 1º e 2º ano do ensino fundamental, de acordo com o governo do estado. O projeto recebeu investimento de R$ 20 milhões do governo estadual.
Polêmicas com professores
Cid Gomes também se envolveu em polêmicas que geraram protestos e greves de professores da rede pública estadual. Durante greve de professores das universidades públicas estaduais em 2011, Cid falou que a categoria deveria "trabalhar por amor". "Isso é uma opinião minha que governador, prefeito, presidente, deputado, senador, vereador, médico, professor e policial devem entrar, ter como motivação para entrar na vida pública, amor e espírito público", afirmou.

Ainda em decorrência da greve, os professores ocuparam a Assembleia Legislativa em protesto contra a aprovação do reajuste salarial da categoria, abaixo do que os profissionais reivindicavam. Professores e simpatizantes da greve acamparam na Assembleia e deixaram o local apenas com uma ação da Polícia Militar, que usou spray de pimenta, gás e cacetetes contra professores. Pelo menos duas pessoas ficaram feridas.

quinta-feira, 6 de novembro de 2014

Ciro aconselha Dilma a governar com a esquerda, em ‘melhores companhias’

6/11/2014 13:11
Por Redação - de São Paulo

Ciro Gomes
Ciro, irmão do governador Cid Gomes, fez a campanha de Dilma no Nordeste

Ex-ministro no governo do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o ex-governador cearense Ciro Gomes – um dos principais líderes do partido PROS – sinaliza que a presidenta reeleita, Dilma Rousseff, está diante de uma encruzilhada e sua melhor alternativa é o socialismo. 
Irmão de Ciro, o atual governador do Ceará, Cid Gomes, apresentou a Dilma a proposta de criação de uma frente de esquerda, que poderá se transformar até em um um novo partido de apoio a governo, para garantir a governabilidade no segundo mandato.
Em artigo publicado nesta quinta-feira, na página da revista Carta Capital, na internet, Ciro Gomes não poupa críticas à base de sustentação do governo, no Congresso, e à equipe com a qual ela governou ao longo dos últimos quatro anos. Intitulado Dilma precisa de melhores companhias, Ciro afirma ser “incrível que ela (Dilma) tenha escapado da derrota com a equipe que montou no governo”.
“O submundo do mercado e da política não deram à reeleita Dilma Rousseff nem 24 horas de trégua. E não haverá paz. Isso significa duas coisas neste momento: há muito pouco tempo para o novo governo se iniciar (o calendário gregoriano pouco importa aqui) e tudo o que ela não deve nem pode fazer, sob pena de se desconstituir muito rapidamente, é tomar iniciativas atabalhoadas que simbolizem uma rendição deslegitimadora a uns ou a outros. A alta dos juros básicos da economia, estabelecidos pelo Banco Central, na quarta-feira 29 foi péssimo sinal. Aumentar a gasolina neste contexto, fatal. Negociar com a escória que vota contra o governo na Câmara dos Deputados, e, logo, logo, no Senado, em seus termos e por meio da pedagogia da chantagem, será mortal”, afirma o ex-governador.
Ciro Gomes acredita que não exagera “em nenhum desses argumentos”. Dilma Rousseff, afirma, “só venceu as eleições pelo fato de a maioria precária de nós, brasileiros, perdoarmos as graves contradições de sua governança e, especialmente, de sua condução da economia”.
“E o fizemos por argumentos de duas ordens: confiamos em sua boa-fé e decência pessoal, vis-à-vis a crônica de desmandos e escândalos magnificados pelos sócios majoritários da imoralidade pátria, especialmente na grande mídia. E, acima de tudo, penso eu, por percebermos que, por trás de tudo, é possível enxergar que a “turma” que Dilma de fato representa, apesar de sua mania de andar mal-acompanhada, os valores mais importantes para o povo: o compromisso nacional, o trabalho como bem central em uma nação civicamente sadia, o compromisso moral com a superação da vergonhosa desigualdade que nos aparta (de um lado, uma elite minúscula, mas aferrada a uma cultura escravocrata, de outro, imensas maiorias excitadas com informação globalizada de um padrão de consumo ao qual não conseguem ascender com o pouco que evoluíram). Não é o suficiente para sustentar um novo governo com os problemas graves e urgentes no horizonte, mas é suficiente para recomendar: nesses valores, e não naqueles dos reacionários, Dilma precisa escorar-se para enfrentar a difícil tarefa que lhe espera”, acrescenta.
O ex-governador do Ceará aponta “algumas obviedades, outras nem tanto: equipe, agenda, foco, amor ao resultado, urgências”. Na opinião dele, “nada disso caracterizou o governo que se ‘encerrou’. Na verdade é incrível que Dilma tenha escapado da derrota com a equipe (salvemos as raríssimas exceções) inacreditável com que governou. E o problema não é a conciliação com picaretas bem-recomendados pela ‘base’, enquanto a presidenta faz, repleta de sinceridade, um discurso moralista”.
“Crise mesmo não é, porém, aquela essencialmente política, embora possa ser igualmente complexa. A crise potencialmente explosiva é a econômica. O país tem sido administrado da mão para a boca e nossas margens se estreitam de forma muito grave. Também aqui não creio exagerar. O ano de 2015 já será difícil se for feito tudo o que é preciso. E será pior se nada for feito. Alguns números para embasar as minhas preocupações: o desequilíbrio nas contas correntes do Brasil com o exterior é o maior da história e tende a aumentar (US$ 86 bilhões). A balança comercial de produtos manufaturados (diferença entre o que compramos e vendemos no mercado internacional no setor industrial) alcança US$ 106 bilhões. As contas fiscais se deterioraram aceleradamente nos últimos meses e a reversão pela via conservadora e não seletiva levará inevitavelmente à recessão”, pontua.
Ex-ministro da Fazenda, Ciro constata que “do câmbio vem uma pressão inflacionária, da área fiscal, uma pressão recessiva”:
“Primeiro efeito: estagflação. Resultados mais graves: o estreitamento da margem para os ganhos salariais e, no médio prazo, para a manutenção do nível de emprego. Se acontecer, os fundamentos centrais do novo e precário contrato político de Dilma Rousseff com a maioria será atingido. Para tudo há solução. Nenhuma delas mágica, acredito. Mas nenhuma produzida a partir da prostração ideológica que caracterizou a campanha eleitoral. Fora do trivial cardápio moralista, discutiram-se apenas as nuances de conservadorismo”.
“A presidenta precisa desinterditar o debate, chamar a inteligência brasileira e pedir que todos deixem suas certezas na porta de entrada e, livres de preconceitos, produzam uma ideia comovente ao país. Uma economia política inteligente guiada pelo pragmatismo na superação de nossos desequilíbrios. Um projeto de nação que coloque todo e qualquer sacrifício na perspectiva de uma construção de futuro. Não duvide: se Dilma temer os riscos e preferir as acomodações que se planejam para ela e seu tempo precário… Bem, Deus proteja o Brasil”, conclui.

terça-feira, 4 de novembro de 2014

Cid Gomes sugere fusão de partidos para reforçar base de apoio a Dilma

Governador do Ceará diz que vai articular criação de bloco na Câmara.
Objetivo é tentar enfraquecer o chamado ‘blocão’ liderado pelo PMDB.

Filipe Matoso Do G1, em Brasília
O governador do Ceará, Cid Gomes, concede entrevista após se reunir com a presidente Dilma Rousseff no Palácio do Planalto (Foto: Filipe Matoso / G1)O governador do Ceará, Cid Gomes, conversou com jornalistas após se reunir com Dilma no Palácio do
Planalto (Foto: Filipe Matoso / G1)

Na tentativa de enfraquecer a influência do "blocão" liderado pelo PMDB, o governador do Ceará, Cid Gomes, sugeriu nesta terça-feira (4) a fusão de partidos que compõem a base aliada da presidente Dilma Rousseff para reforçar o apoio à petista em votações na Câmara e Senado.
Após se reunir com a presidente reeleita no Palácio do Planalto, Gomes também anunciou que articulará, imediatamente, a criação de uma frente parlamentar governista para desidratar o grupo de legendas que se uniu para ampliar o poder de negociação com o Executivo em votações da Câmara. Segundo o governador, a ideia é formar um bloco parlamentar com força sufiente para anular “pressões e chantagens” contra a presidente da República.
Cid Gomes afirmou que, para ter "relevo" na Câmara, a frente parlamentar favorável ao governo federal deveria reunir cerca de 50 parlamentares.
“Isso [a criação de uma frente na Câmara] tem que ser discutido para que a gente aprimore e veja a melhor estratégia. O melhor, para mim, seria, inicialmente, compor a frente e que ela possa evoluir, na sequência, a um partido novo. Um partido que resulte da fusão de alguns partidos”, explicou o governador do Ceará.
Apesar de, formalmente, fazer parte da base governista, o líder do PMDB na Câmara, Eduardo Cunha (RJ), negociou na semana passada com lideranças de PTB, PSC, PR e SD a criação de um bloco parlamentar para aumentar o poder de barganha com o Planalto.
Dois dias após a reeleição de Dilma, o bloco liderado por Cunha ajudou a oposição a impor uma derrota à petista no Legislativo, com a derrubada do decreto elaborado pela Presidência que estabelece a consulta a conselhos populares por órgãos do governo antes da implementação de políticas públicas.
Fusão
Ao ser questionado sobre quais partidos poderiam se unir para dar origem a um novo partido, Cid Gomes ponderou que, na opinião dele, deveriam ser legendas com ideologia de esquerda. Ele citou PDT e PCdoB como exemplos de siglas que poderiam se fundir para reforçar o apoio à gestão Dilma. Ele também ressaltou que parlamentares insatisfeitos com PSB e PSOL poderiam reforças as fileiras do eventual partido.

"Eu acho que é fundamental que ela [Dilma] possa ter, além do PT, dois partidos ou frentes fortes que possam ajudá-la na governabilidade. […] Eu penso que esse movimento, de ter uma frente ou um partido de centro para além do PMDB e um partido ou frente à esquerda, ajuda na governabilidade e reduz o espaço da pressão que muitas vezes beira até a chantagem”, completou.
A jornalistas, Cid Gomes não quis comentar quais foram as opiniões da presidente sobre a formação da frente ou a fusão dos partidos. O governador do Ceará, que deixará o cargo em dezembro deste ano, disse que seria “indelicado” manifestar o posicionamento de Dilma.
Gomes disse avaliar que, nos próximos dois meses, a presidente passe por "grandes dificuldades" em razão de "sentimentos raivosos e de vendeta". "Dos que querem prejudicá-la, prejudicar o país, prejudicar o governo e eu quero ajudá-la nisso, me coloquei à disposição", completou.
Novo governo
Questionado sobre se discutiu com a presidente reeleita uma possível participação no novo governo, Cid Gomes afirmou não ser candidato a ministro. De acordo com ele, cabe à chefe do Executivo decidir sobre quem irá chefiar as pastas a partir de 2015.

“O meu projeto, na linha onde tenho trabalhado, é ir para o Banco Interamericano, passar uma temporada nos EUA como consultor do banco”, disse o governador cearense. Ao ser indagado sobre se poderia assumir o Ministério da Educação, Gomes afirmou que não irá comentar especulações.

terça-feira, 2 de setembro de 2014

Risco-Marina sobe após propostas erráticas e previsão de Cid Gomes

2/9/2014 14:12
Por Redação, com Carta Maior - de Brasília


Cid Gomes
O governador Cid Gomes disparou contra Marina
A bolha eleitoral que se formou em torno da candidatura da ex-ministra Marina Silva (PSB/Rede Sustentabilidade), provocada por resultados impactantes nas últimas pesquisas de intenção de voto, recebeu sua estocada mais contundente nesta terça-feira, após o governador do Ceará, Cid Gomes (Pros), disparar suas considerações acerca desta candidatura. Cid se diz preocupado com o crescimento da presidenciável nas pesquisas e definiu Marina como “conservadora e reacionária”. Uma “canoa furada”. Para Cid Gomes, Marina não fica mais de dois anos no governo, caso seja eleita.
– Se as pessoas não se tocarem, vão eleger Marina Silva presidente da República. Meu Deus! A gente não pode com um gesto de protesto, induzido pela grande mídia, dar o poder para banqueiros e meia dúzia de poderosos – disparou o governador, que se desfiliou da legenda no ano passado por não concordar com a candidatura de Eduardo Campos às Presidência.
Cid Gomes afirmou que Marina tenta passar imagem de progressista, mas é “religiosamente o que há de mais conservadora e reacionária”.
– Eu não dou dois anos de governo para Marina. Ela será deposta, pode escrever o que estou dizendo. Me impressiona a proposta de autonomia do Banco Central. Sabe o que significa? Entregar aos bancos o poder de arbitrar os juros. Dizer quanto o capital financeiro quer ganhar – pontua o governador, na manhã seguinte ao debate entre presidenciáveis no canal de TV SBT.
Jogou a toalha
No debate, além das propostas ‘genéricas’ de Marina, como afirmou a presidenta e candidata petista Dilma Rousseff, o candidato Aécio Neves (PSDB) pareceu mesmo ter desistido da disputa. Pareceu ter aceitado que está fora do 2º turno e já trabalha para deixar claro a que irá prestar seu apoio à candidata Marina que, para surpresa dos desavisados, está a cada dia mais parecida com ele próprio, assumindo a defesa de bandeiras típicas do neoliberalismo e usando o artifício de falar muito e não dizer nada para sair das saias justas.
Relegado ao segundo plano, Aécio destinou sua munição a desgastar a imagem da presidenta Dilma, fazendo a defesa de princípios compartilhados com Marina, como a defesa da autonomia do Banco Central (BC). E em solidariedade à candidata do PSB que vem mudando seu programa freneticamente para agradar gregos e troianos, ele também se posicionou contrário ao aborto. Defendeu propostas que tanto podem ser tocadas por ele, um neoliberal convicto, quanto por ela, uma neoliberal recém-convertida.
Esquivou-se como pode das reais polêmicas que o atingiram. Fez contorcionismo para evitar o assunto quando foi questionado pelo candidato Eduardo Jorge (PV) se iria baixar os juros, por meio da redução da taxa Selic. E quando confrontado pelo jornalista Kennedy Alencar com a evidencia de que os muitos escândalos de corrupção envolvendo o PSDB continuam sem punição – como a compra de votos para a reeleição do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, o mensalão mineiro e o caso do metrô de São Paulo – se fez de surdo.
– A marca do PSDB é a marca da austeridade – garantiu.
Marina, por sua vez, mirou quem de fato lhe faz oposição programática. E inovou ao disparar seu arsenal contra Dilma: para justificar porque apoiou e participou como ministra do Meio Ambiente do governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e, agora, refuta com tanta veemência quaisquer iniciativas de Dilma, decidiu isolar os dois governos, como se não guardassem nenhum grau de semelhança ou continuidade. No discurso pouco claro de Marina, o governo Lula foi uma coisa e o de Dilma outra, completamente diferente, como se o eleitor não tivesse memória ou bom senso.
Quando a candidata Luciana Gerno (PSOL) questionou se ela seria “a segunda via do PSDB”, Marina se desmanchou em elogios aos ex-presidentes Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT). E voltou a insistir no recurso retórico de pregar que, na nova política, prevalecerão as boas ideias e as boas cabeças, independentemente de partidos e posturas ideológicas, como se fosse possível agradas a todos. “Quando se faz política, é preciso escolher um lado”, cobrou Luciana. No geral, Marina manteve sua postura de falar muito e não dizer nada. Muitas frases de efeito, e poucas respostas precisas. Pressionada a explicar porque não revela a origem dos R$ 1,6 milhão que recebeu fazendo palestras nos últimos anos, sugeriu que os eleitores comparassem as suas fontes de financiamento com as que também sustentam as palestras proferidas pelos ex-presidentes Lula e Fernando Henrique Cardoso. Como se isso fosse possível, dado que continuou sem revelar quem são as empresas que lhe pagaram valor tão alto.
Promessas sem compromisso
Atacada por todos os lados, Dilma Rousseff também investiu em por evidenciar as contradições do discurso da sua principal adversária, que não são poucas.
– Candidata, a senhora diz que vai antecipar 10% do PIB para a Educação (R$ 70 bilhões), 10% da receita bruta para a saúde (R$ 40 bilhões), passe livre estudantil (R$ 14 bilhões), mais dinheiro para os municípios (R$ 9 bilhões) e várias outras promessas. Todas essas suas promessas dá R$ 140 bilhões. Dá onde a senhora vai arranjar o dinheiro para cobri-las? – questionou Dilma.
Marina disse que não faz promessas, mas compromissos. E continuou sem revelar de onde extrairá os recursos necessários. Dilma tripudiou ao lembrar que o valor prometido pela adversária é quase tudo que se gasta em saúde e educação.
– E olha que nós triplicamos o valor gasto em educação e quase dobramos o gasto em saúde, apesar de termos perdido a CPMF”, complementou. “O cobertor é curto”, disparou Dilma mais tarde, ao retomar o assunto, com a autoridade que quem sabe que governar um país é fazer escolhas – acrescentou.
A presidenta também criticou Marina pelo desprezo ao pré-sal, uma riqueza invejada pelo resto do mundo. Segundo Dilma, o programa de Marina tem 242 páginas e fala do pré-sal em apenas uma. “Por quê o desprezo pelo pré-sal?”, questionou a presidenta.
– O pré-sal deve ser explorado, e nós vamos combinar com outras fontes de energia (…) O pensamento da ideia cartesiana do governo só avança numa direção – rebateu Marina.
Nervosa
A polarização já evidente entre as duas candidatas que se solidificam no segundo turno rendeu outros bons embates. Marina ganhou na simpatia. Dilma, nos argumentos. Rebatendo as críticas de Marina aos resultados da economia neste terceiro trimestre, Dilma contra-atacou:
– Um diagnóstico errado vai levar a um caminho errado. Propor como forma de solucionar o problema da economia no Brasil a autonomia do banco central só levará a maior dificuldade na regulação do sistema financeiro, o quê, aliás, foi um dos pontos centrais quando houve a crise do mercado internacional.
Embora tenha revelado que estava nervosa, a presidenta estava firme nas perguntas e pouco evasiva nas respostas. Enfrentou com dados e números todas as saias justas que os adversários tentaram lhe colocar. Mas Marina não se deu por vencida e acusou a presidenta de não reconhecer os erros do seu governo. Também não deixou claro, como é seu costume, quais erros seriam esses.

Tags: Cid Gomes, Dilma, marina, Política, risco-marina

terça-feira, 15 de julho de 2014

Brics alcançam acordo no estabelecimento da reserva de emergência  
  2014-07-16 11:24:43  cri
Os países dos Brics, grupo formado por China, Brasil, Rússia, Índia e África do Sul, firmaram nesta terça-feira (15) em Fortaleza, município brasileiro, capital do estado do Ceará, um acordo para a criação de uma reserva de emergência. O fundo terá um valor inicial de 100 bilhões de dólares, dos quais 41 bilhões de dólares serão de responsabilidade da China. O Brasil, Índia e Rússia se comprometem respectivamente com 18 bilhões de dólares. A África do Sul vai responder por 5 bilhões de dólares.
A liberação dos recursos se dará por meio de operações de swap (troca de indexador), pelas quais o país solicitante receberá dólares e, em contrapartida, entregará sua moeda aos países contribuintes em valores e por períodos determinados.
Batizado de Arranjo Contingente de Reservas dos Brics, o fundo complementará a rede de proteção financeira mundial, que já conta com o Fundo Monetário Internacional (FMI) e outros organismos internacionais, como o Banco Mundial (Bird).
O Banco Popular da China, banco central do país, declarou hoje que a assinatura do tratado possui grande significado para os membros dos Brics, sendo uma tentativa positiva das economias emergentes na resposta aos desafios globais e na criação da rede coletiva de segurança financeira. O fundo desempenhará um papel importante em estabilizar as finanças mundiais.

domingo, 29 de junho de 2014

Dilma e Lula dão aval à candidatura de Camilo Santana


Publicação 29/06/2014 às 17:24:05 Atualizado 29/06/2014 às 17:24:05

O lançamento do petista Camilo Santana para disputar o governo do Ceará na aliança liderada pelos irmãos Cid e Ciro Gomes teve o aval da presidente Dilma Rousseff e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Santana disputará o governo com o líder do PMDB no Senado, Eunício Oliveira, que fechou sua coligação com o PSDB e com o PR.
Os tucanos indicaram o nome do ex-senador Tasso Jereissati para disputar o Senado. Havia a expectativa de que Jereissati pudesse ser escolhido candidato a vice na chapa de Aécio Neves na disputa presidencial. Mas pelos acertos feitos neste domingo, 29, entre Eunício e o PSDB, Tasso disputará mesmo o Senado, o que será definido nesta segunda-feira, 30. Do lado do PT e dos irmãos Gomes, o candidato ao Senado será o ex-secretário da Fazenda Mauro Filho, que pertence ao PROS de Cid e Ciro, e é filho do deputado Mauro Benevides, do PMDB.
Embora Dilma e Lula tenham participado das negociações que levaram à candidatura de Camilo Santana, o senador Eunício Oliveira ainda aguarda pelo cumprimento de uma promessa do ex-presidente, de que vai apoiá-lo. Isso, no entanto, não deverá ocorrer.
"Dilma, Lula e os irmãos Gomes têm um candidato, que é do PT", comemorou o deputado José Guimarães, vice-presidente nacional do PT. "As negociações foram feitas pelo ministro Aloizio Mercadante (Casa Civil), que falou em nome de Dilma e Lula, Rui Falcão (presidente do PT) e pelos irmãos Gomes", contou Guimarães. Com isso, ele perdeu a vaga para disputar o Senado. Vai buscar a reeleição de deputado.

terça-feira, 13 de maio de 2014

Dilma visita obras da transposição das águas do Rio São Francisco

Publicação: 14 de Maio de 2014 às 00:00 | Comentários: 0
São Paulo (AE) - Em tempos de seca em São Paulo, a presidente Dilma Rousseff fez ontem uma visita a obras do projeto de transposição de águas do São Francisco que está sendo tocando para  garantir segurança hídrica em 390 municípios de Pernambuco, Paraíba, Ceará e Rio Grande do Norte, que sofrem com a seca frequentemente. Durante visita ao Túnel Cuncas II, em São José de Piranhas, na Paraíba, Dilma afirmou que a obra é uma demonstração de que o Nordeste se “preparou para conviver com a seca”.
Cleber Caetano/PROperários trabalham na montagem da tubulação da estação de bombeamento de Cabrobó, a primeira no percurso da transposiçãoOperários trabalham na montagem da tubulação da
estação de bombeamento de Cabrobó, a primeira no
 percurso da transposição

Ela aproveitou a oportunidade para citar a situação de São Paulo, que tem sofrido com a seca do reservatório Cantareira. “Estamos vendo uma situação muito difícil ser passada no estado mais rico da Federação”, afirmou Dilma, que estava acompanhada do governador Ricardo Coutinho (PSB) e do atual ministro da Integração Nacional, Francisco José Teixeira, além do titular da pasta no governo Lula, Ciro Gomes (PSB).
A presidente disse que o Nordeste hoje tem o mérito de ter tido consciência do problema da estiagem e ter investido em planejamento para tentar minimizar o impacto da seca. Sem citar nome de adversários políticos, como o governador paulista Geraldo Alckmin (PSDB), Dilma fez críticas “aos que hoje cobram do governo federal” ajuda para a questão hídrica. “Acontece uma coisa engraçada: quem nunca fez desanda a cobrar de quem fez. É isso que estamos assistindo. Gente que nunca fez cobrar de quem está fazendo”, disse.

De acordo com a presidente, o Projeto de Integração do Rio São Francisco vai beneficiar 12 milhões de pessoas. “Não é um obra qualquer, tem uma envergadura fundamental”, afirmou. “Como a seca é recorrente, essas obras são cruciais para garantir o convívio com a seca, não o combate”, reforçou.

Dilma destacou o conjunto de obras que estão sendo feitas na região e afirmou que o governo federal está investindo para “garantir que a falta d’água não seja uma surpresa”. Segundo a presidente, por se tratar de uma obra que tem uma extensão de 477 quilômetros, há uma série de problemas conjugados ao longo da obra, que estão sendo resolvidos.

A presidente visitou ainda a estação de bombeamento de água de Cabrobó, em Pernambuco (EBI-1) e o canal de Jati, no Ceará.

De acordo com o Ministério da Integração, a região possui 28% da população brasileira e apenas 3% da disponibilidade de água. E o rio São Francisco apresenta 70% de toda a oferta regional. O projeto estabelece a interligação da bacia hidrográfica do Rio São Francisco - que apresenta relativa abundância de água (1.850 m2/segundo de vazão garantida pelo reservatório de Sobradinho) - com bacias inseridas no Nordeste Setentrional. O projeto atingiu um efetivo de 10.394 trabalhadores atuando ao longo dos 477 quilômetros de extensão. Com 3.140 equipamentos em operação, novas frentes de serviço em período integral também foram criadas para dar mais celeridade ao empreendimento que é a maior obra de infraestrutura do governo.







quarta-feira, 16 de abril de 2014

Tasso Jereissati vai concorrer ao Senado para ajudar Aécio Neves
Ilimar Franco15.4.2014 18h19m

          O ex-governador do Ceará e ex-presidente do PSDB Tasso Jereissati vai se reunir esta noite, em Brasília, com o candidato tucano ao Palácio do Planalto, senador Aécio Neves, para dizer que vai concorrer ao Senado no Ceará. Aécio insiste há meses para que Tasso dispute as eleições, tendo inclusive defendido que ele voltasse a disputar o governo estadual. O tucano precisa de um palanque no estado, onde o governador Cid Gomes está fechado com a reeleição da presidente Dilma.
- Ele sempre descartou o governo, mas admitia conversar sobre o Senado. O próximo passo é buscar uma composição com o PMDB, como já ocorre em outros estados - relatou o deputado Raimundo Matos (PSDB-CE).
Mesmo tendo organizado o PSDB no Ceará para se contrapor ao PMDB, Tasso já comunicou a Aécio que não coloca nenhuma resistência a integrar uma chapa com o antigo adversário. A intenção do candidato tucano ao Planalto, definida a candidatura de Tasso, é costurar um acordo com o candidato peemedebista ao governo, o líder do partido no Senado Eunício Oliveira. Aécio quer repetir no Ceará, os acordos eleitorais que já fechou com o PMDB da Bahia e do Rio de Janeiro.
Tasso, Aécio e Eunício negam que tenham feito qualquer conversa sobre a coligação. Esta passará a ser negociada e articulada a partir de agora. Aécio deve procurar Eunício, que em breve vai reunir-se com Tasso em Fortaleza. O líder do PMDB perdeu as esperanças de ser o candidato do governador Cid Gomes (PROS). Seu grupo político está convencido que Cid fez a opção de lançar a ex-secretária de Educação, Isolda Cela. Ela é filiada ao PROS e casada com o prefeito de Sobral, o petista Veveu Coelho Neto.

sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

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    quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

    Papa Francisco nomeia dois bispos do Rio

    Dom Nelson Ferreira assumirá a diocese de Valença e Antonio Carlos Santos a de Caicó

     Jornal do BrasilCamila Funare

    terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

    Brasil está preparado para enfrentar a crise financeira que atinge os emergentes - diz presidente Dilma

    Ter 04/02/14 - 8h -
    Se dizendo preocupada com a instabilidade da economia em ano eleitoral, a presidente Dilma Rousseff enviou mensagem ao Congresso, ontem, pedindo aos parlamentares “esforços para frear a alta dos preços e manter o equilíbrio fiscal em 2014”. Segundo o jornal “Folha de São Paulo”, “o temor da presidente reside da possibilidade de aprovação de projetos que pressionem ainda mais a inflação ao longo do ano”. Dilma Rousseff disse também que “o Brasil tem as condições necessárias para enfrentar a crise financeira que atinge os emergentes e alfinetou países desenvolvidos, afirmando que ninguém pode reconstruir a economia global isoladamente”. Ontem, resultados frustrantes das economias da China e EUA derrubaram as bolsas.

    quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

    A Internet e o pânico das TVs abertas

     
    29/1/2014 14:00
    Por Altamiro Borges - de Brasília

    A Suprema Corte dos EUA julga em abril um processo aberto pelas 4 maiores tevês do país contra a Aereo, uma pequena empresa que criou uma nova maneira de ver tv
    A Suprema Corte dos EUA julga em abril um processo aberto pelas 4 maiores tevês do país contra a Aereo, uma pequena empresa que criou uma nova maneira de ver tv
    O jornalista João da Paz, do sítio “Notícias da TV”, publicou nesta semana uma informação que deve causar pânico nos donos das emissoras de televisão no Brasil. Segundo revela, a Suprema Corte dos EUA julgará em abril um processo aberto pelas quatro maiores tevês do país (ABC, NBC, Fox e CBS) contra a Aereo, uma pequena empresa que criou uma nova maneira de assistir televisão. “O que a Aereo faz é pegar os sinais abertos dessas quatro emissoras com uma pequena antena moderna e retransmiti-los pela internet, dando ao telespectador a oportunidade de assistir a esses canais no computador, em tablets e em smartphones, com a opção de gravar e pausar programas. Tudo em alta definição”.
    O novo serviço tende a promover uma hecatombe na forma de assistir tevê. O internauta faz a assinatura mensal no valor de US$ 8 (R$ 19,20) e tem a possibilidade de gravar um programa por vez, até o limite de 20 horas de armazenamento. Até o momento, os serviços da Aereo já estão disponíveis em 26 cidades do país, incluindo Nova York, Boston, Washington, Filadélfia e Dallas. Em outubro, o Wall Street Journal informou que somente em Nova Iorque já seriam de 90 mil a 135 mil assinantes. Diante do risco da acentuada queda de audiência e de recursos publicitários, as poderosas corporações alegam que a Aereo rouba o sinal e infringe direitos autorais.
    Na titânica batalha jurídica em curso, a inovadora empresa até agora tem levado a melhor. Segundo informa João da Paz, “a Suprema Corte vai dar continuidade ao caso julgado na Segunda Corte de Apelação de Nova York, em abril de 2013, cujo resultado foi favorável à Aereo. Os juízes de Nova York entenderam que o serviço prestado pela empresa é legal. O criador e diretor-executivo da Aereo, Chet Kanojia, de 43 anos, disse em comunicado após essa decisão que ‘esperamos apresentar nosso argumento na Suprema Corte, certos de que o mérito do caso irá prevalecer’”.
    A empresa conta com um trunfo nesta batalha. O magnata da comunicação Barry Diller, ex-diretor da Paramount e da Fox, decidiu apostar no negócio inovador. Ele hoje comanda a empresa de internet InterActive Corporation e tem uma fortuna calculada em US$ 2,8 bilhões. “Diller é um dos principais investidores da Aereo.
    Neste mês, mesmo em meio a esse tumulto, ele conseguiu atrair US$ 34 milhões para financiar a expansão da empresa. ‘Passamos por três julgamentos em 2013 e em todos eles as Cortes Distritais decidiram que o nosso negócio é perfeitamente legal’… Ele calcula que o Aereo poderia ter entre 10 milhões e 20 milhões de assinantes se pudesse operar amplamente, sem restrições”.
    A batalha, porém, será prolongada e sangrenta. “As quatro emissoras agem agressivamente contra Aereo. A CBS é bem enfática sobre o assunto e se posicionou de forma direta em comunicado. ‘Nós acreditamos que o modelo de negócios da Aereo é alicerçado em roubo de conteúdo’, diz a emissora de maior audiência dos EUA. A Fox se mostrou mais radical, ameaçando ir para a TV por assinatura se a Aereo vencer na Suprema Corte. Quem também comprou a briga das emissoras, e adotou um tom tão agressivo quanto, foram as ligas esportivas NFL (futebol americano) e MLB (beisebol). Ambas têm acordos bilionários com os canais abertos e divulgaram nota afirmando que vitória da Aereo vai prejudicar os negócios”.
    As quatro redes inclusive já trabalham com um plano B para a hipótese da Aereo vencer a batalha jurídica. Elas planejam mudar a forma como emitem seus sinais, com o objetivo de impedir que as antenas da Aereo os captem. “Outro problema para os canais abertos, se derrotados na Suprema Corte, será lidar com as operadoras de TV por assinatura, que pagam preços altos para ter NBC, ABC, Fox e CBS em seus pacotes. A decisão judicial a favor da Aereo pode mudar esse tipo de negócio”. O clima é de guerra nas tevês abertas dos EUA.
    A inovação da Aereo, mais um fruto da revolução informacional promovida pela internet, coloca em perigo o modelo de negócios das poderosas redes que exploram as concessões públicas de televisão. Caso vingue nos EUA, a experiência rapidamente deverá se espalhar pelo mundo – atingindo, também, o Brasil. Desta forma, mais uma vez a internet ameaçará o império da TV Globo e outras emissoras da tevê aberta!
    Altamiro Borges, é jornalista, membro do Comitê Central do PCdoB, editor da revista Debate Sindical e organizador do livro

    sábado, 25 de janeiro de 2014

    RESUMO DAS NOTÍCIAS



    RESUMO DAS NOTÍCIAS DOS JORNAIS DE HOJE (25-01-2014 - SÁBADO

    25 de janeiro de 2014


    Correio Braziliense
    Manchete: Rolezinho fecha shopping, polícia reforça segurança
    A mobilização de jovens pela internet teve a primeira consequência em Brasília. O shopping Iguatemi, alvo de um protesto programado para hoje, anunciou que fechará as portas neste sábado. Em nota, o centro comercial disse respeitar iniciativas democráticas e pacíficas, mas não tem condições de receber “qualquer tipo de manifestação". As forças de segurança do Distrito Federal vão ampliar a vigilância em 13 shopping centers, afim de garantir a tranquilidade de consumidores. “O cidadão deve manter sua programação. Quem planejou ir ao shopping fazer compras ou se entreter, deve fazer com naturalidade. Estamos preparados para garantir a segurança e intervir caso necessário", disse o coronel da PM José Carlos Neves Ribeiro. (Págs. 1 e 6)
    Déficit recorde acende alerta
    O rombo comercial de US$81,3 bilhões nas contas externas deixou o mercado intranquilo e deve afastar ainda mais os investidores estrangeiros do país. (Págs. 1 e 8 e 9)
    Discurso para acalmar Davos
    A fim de atrair investidores e manter o otimismo com a economia brasileira, Dilma defendeu o controle dos gastos e o combate à inflação. (Págs. 1 e 10)
    Fuga de dólares causa incertezas na Argentina (Págs. 1 e 9)


    Investigação adia benefício para Dirceu
    A Vara de Execuções Penais determinou a reabertura da apuração do suposto uso de celular pelo ex-ministro na Papuda. O caso havia sido arquivado pela Subsecretaria do Sistema Penitenciário sem o aval da Justiça. Enquanto durar o processo, o petista não pode trabalhar fora do presídio. (Págs. 1 e 2)
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    Jornal do Commercio


    Manchete: Olinda tenta conter abusos nas prévias
    Foram anunciadas várias medidas, que começam com bloqueio de veículos no Sítio Histórico. Segurança terá 160 PMs e 40 guardas municipais. Ambulantes serão fiscalizados. (Págs. 1 e cidades 2)
    Dilma em Davos: Presidente aproveita discurso em fórum para atrair novos investimentos. (Págs. 1 e 8)


    Falta dólar nas casas de câmbio
    Quem vai viajar precisa se planejar. Procura pela moeda americana em cash desabastece o mercado local. (Págs. 1 e economia 1)
    Médicos faltam e atrasam os atendimentos
    MPPE e Cremepe prometem providências em relação a hospital de Caruaru. (Págs. 1 e cidades 4)
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    Zero Hora


    Manchete: A volta do efeito tango? Disparada do dólar na Argentina eleva riscos
    Crise cambial no país vizinho espalha temor sobre impacto da desvalorização de moedas em emergentes, inclusive o Brasil. (Págs. 1 e 16 e 17 [Maria Isabel Hamme])
    Protestos: Governo vai dialogar com grupos que rejeitam Copa
    Gilberto Carvalho disse, em Porto Alegre, que Planalto dará atenção especial a cidades-sede. (Págs. 1 e 23)

    Estreia aprovada
    Ao lado do fundador do fórum de Davos, Dilma causa boa impressão em líderes mundiais. (Págs. 1 e 4,5 e 12)

    segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

    Aécio negocia palanques estaduais com PMDB
     
    Josias de Souza


    O presidenciável tucano Aécio Neves negocia a formação de palanques com o PMDB em Estados onde o partido do vice-presidente Michel Temer não se entende com o PT. Em algumas praças as chances de celebração de acordos são efetivas. Os entendimentos estão mais avançados na Bahia e no Ceará.
    No Ceará, Aécio arma um bote duplo. Além de colocar os pés num palanque cearense, ele tenta abrir caminho para a volta do correligionário Tasso Jereissati ao Senado. Para alcançar tais objetivos, trança o apoio do seu PSDB ao senador Eunício Oliveira, ex-ministro das Comunicações de Lula.
    Atual líder do PMDB no Senado, Eunício disputará o governo cearense contra o candidato a ser indicado pelo governador Cid Gomes (Pros), com o provável apoio de Dilma Rousseff. Ele já conversou com Aécio. Voltará a procurá-lo após viagem de quatro dias aos EUA, para onde decola nesta segunda-feira (20).
    Em privado, Eunício exibe dados de uma pesquisa que encomendou para consumo doméstico. Nesse levantamento, lidera a disputa pelo governo do Ceará com taxas que variam de 45% a 48% das intenções de voto, dependendo do cenário. Na corrida pela única vaga disponível no Senado, Tasso também aparece à frente com 45%.
    O tucano Tasso tentara reeleger-se senador em 2010. Viu suas pretensões serem engolfadas pela onda Lula. De saída do Planalto, escorado em popularidade lunar, Lula empenhou-se para prover a Dilma um Senado menos hostil. Estavam em jogo na época duas cadeiras de senador por Estado. No Ceará, Lula ajudou a eleger José Pimentel (PT) e o próprio Eunício. Para o tucanato, a eventual volta de Tasso terá gosto de troco.
    A situação da Bahia é mais conhecida. Ali, o PMDB deseja lançar a candidatura de Geddel Vieira Lima para tentar tirar do poder o PT do atual governador Jaques Wagner. Com as bênçãos de Aécio, Geddel tenta coligar-se ao PSDB e ao DEM do prefeito de Salvador ACM Neto. De resto, há negociações abertas em pelo menos mais quatro Estados.