sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Ciro: ‘Clima de Fla-Flu partidário é ruim para o Brasil’


Foi ao ar há pouco, no horário nobre da TV, a propaganda institucional do PSB. Dez minutos estrelados por Ciro Gomes.

Num esforço para consolidar a candidatura presidencial de Ciro, o PSB converteu-o numa espécie de âncora da peça publicitária.

Ciro liga sua imagem à de Lula: “Nos últimos 7 anos, sob liderança extrarodinária do presidente Lula o nosso Brasil conquistou grandes avanços”.

Cita “a política de aumento real do salário mínimo, a ampliação do crédito popular e o Bolsa Família”.

Sem citar José Serra e Dilma Rousseff, recorre a uma imagem futebolística para criticar a polarização que empurra a sucessão para um embate entre PSDB e PT.

“Esse clima de Corinthians e Palmeiras, de Fla-Flu paridário, que leva o cidadão eleitor a votar no paritdo A com medo do partido B não pelas suas propostas, e vice-versa, é ruim para o Brasil e muito arriscado para o projeto que estamos construindo”.

Em linguagem cifrada, Ciro fustiga os outros partidos que compõem o consórcio governista. Insinua que o PSB é mais leal ao presidente do que os outros:

“Eu e o meu partido [...] semnpre estivemos firmes ao lado desse projeto liderado por Lula, principalmente nos momentos mais dificies...”

“...quando muitos que hoje se dizem amigos de Lula ou atrapalhavam, se escondiam, ou faziam de tudo para derrubá-lo”.

No miolo da peça, Ciro faz um passeio pelas três vitrines estaduais governadas pelo PSB; Pernambuco, Ceará e Rio Grande do Norte.

No encerramento da propaganda, mais Ciro. Nada de plebiscito para comparar o passado tucano ao presente petista. O “âncora” do PSB convida o eleitor a mirar o futuro:

“Não podemos discutir o Brasil como se existisse apenas o passado e o presente. O PSB se apresenta a você como a opção do futuro”.

Ciro renovou, com nova roupagem, a crítica à aliança PT-PMDB. Em entrevistas, dissera que a união escora-se em acordos de “moral frouxa”. Na TV, edoçou o discurso:

“O PSB sabe, humildemente, que só se governa com alianças. Mas acreditamos que as alianças podem e devem ser mais íntegras [...].”

Mais cedo, o líder do PT no Senado, Aloizio Mercadante (SP), dissera que, se depender da vontade de Lula, Ciro disputará o governo de São Paulo, não a presidência.

Levado às manchetes como alternativa do PT e do Planalto à disputa paulista, Mercadante disse que Lula não pediu a ele que reveja o plano de disputar a reeleição ao Senado.

Para São Paulo, "o nome que ele [Lula] sinalizou é o do Ciro Gomes", disse Mercadante.

Escrito por Josias de Souza às 20h34

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