A Polícia Federal prendeu dois paleontólogos na noite de quarta-feira (2) no Ceará quando embarcavam com fósseis e amostras de poeira no Aeroporto de Juazeiro do Norte, Sul do estado, com destino ao Rio de Janeiro. Segundo policiais, os pesquisadores foram presos em flagrante com 236 amostras de material fossilífero da Chapada do Araripe, sem a documentação legal para o transporte. Um dos pesquisadores é professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro e funcionário do Museu Nacional. O outro é um francês, convidado pela Universidade Regional do Cariri (Urca) para colaborar com projeto de pesquisa. Os dois foram enquadrados na lei ambiental 9.605 que proíbe a extração de fósseis sem autorização, de acordo com a polícia.
Segundo o coordenador do Laboratório de Paleontologia da Urca, Álamo Feitosa, ''tudo parece ser um grande mal entendido”. De acordo com ele, quando os dois pesquisadores chegaram ao aeroporto com destino ao Rio, a Polícia Federal estava à espera para fazer um flagrante a partir de uma denúncia. “Eles [policiais] disseram que os pesquisadores estavam com um crânio de pterossauro. Não existe isso”, disse. O Sul do Ceará é um dos principais campos de estudo paleontológico.
“Eu não estava com eles [pesquisadores], estava na escavação. Os documentos [autorizações] estavam comigo. Era para ter entregue para eles, foi engano meu. Admito isso”, conta Feitosa. Conforme o coordenador, o pesquisador francês foi convidado pela Urca com as despesas pagas pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPQ) apenas para colher amostras de algumas peças para que a Urca pudesse realizar exames.
“O francês levava apenas saquinhos de papel e tubos com poeira dentro”, contou Álamo. Segundo ele, a coleta já havia sido realizada por pesquisadores locais, mas não obtiveram sucesso por não saberem como colher as amostras. “Passei três anos esperando o francês para nos dar essa ajuda. O cara está todo legalizado e está preso?”, disse Feitosa.
Segundo Feitosa, um dos pesquisadores realiza pesquisas em parceria com a Urca há 28 anos. “Ele estava levando peças e fósseis já tombados pela Urca e autorizados. São fósseis de peixes. Ele estava levando para o Rio porque nem eu nem ele somos especialistas em peixes”, explicou.
Polícia Federal
Álamo Feitosa contou que recebeu uma ligação sobre a prisão na noite de quarta-feira. Mas quando chegou à delegacia com a documentação sobre a pesquisa e as autorizações da universidade, não foi atendido de imediato. “Demorou muito, quando o delegado me atendeu, disse que o flagrante já havia sido feito”, disse.
Universidade
O vice-reitor da Urca, professor Patrício de Melo, informou que a universidade desconhece qualquer fato que “desabone os pesquisadores”. Ele explicou que os profissionais foram convidados em 2011 para participar do projeto intitulado “Estudos sistemáticos e paleontológicos da fauna de vertebrados, das formações Crato e Romualdo (grupo Santana) da bacia do Araripe, Nordeste do Brasil”. As escavações são financiadas pelo CNPQ.
De acordo com Melo, o ICMBio do Ministério do Meio Ambiente e o Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), órgãos de fiscalização e controle de impacto ambiental, foram informados e autorizaram as pesquisas. “Para nós o projeto está plenamente regular. Soubemos que o DNPM foi acionado pela PF, mas a universidade ainda não. Mas o importante é que essas peças seriam investigadas e devolvidas”, ressalta.
Segundo o coordenador do Laboratório de Paleontologia da Urca, Álamo Feitosa, ''tudo parece ser um grande mal entendido”. De acordo com ele, quando os dois pesquisadores chegaram ao aeroporto com destino ao Rio, a Polícia Federal estava à espera para fazer um flagrante a partir de uma denúncia. “Eles [policiais] disseram que os pesquisadores estavam com um crânio de pterossauro. Não existe isso”, disse. O Sul do Ceará é um dos principais campos de estudo paleontológico.
“Eu não estava com eles [pesquisadores], estava na escavação. Os documentos [autorizações] estavam comigo. Era para ter entregue para eles, foi engano meu. Admito isso”, conta Feitosa. Conforme o coordenador, o pesquisador francês foi convidado pela Urca com as despesas pagas pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPQ) apenas para colher amostras de algumas peças para que a Urca pudesse realizar exames.
“O francês levava apenas saquinhos de papel e tubos com poeira dentro”, contou Álamo. Segundo ele, a coleta já havia sido realizada por pesquisadores locais, mas não obtiveram sucesso por não saberem como colher as amostras. “Passei três anos esperando o francês para nos dar essa ajuda. O cara está todo legalizado e está preso?”, disse Feitosa.
Segundo Feitosa, um dos pesquisadores realiza pesquisas em parceria com a Urca há 28 anos. “Ele estava levando peças e fósseis já tombados pela Urca e autorizados. São fósseis de peixes. Ele estava levando para o Rio porque nem eu nem ele somos especialistas em peixes”, explicou.
Polícia Federal
Álamo Feitosa contou que recebeu uma ligação sobre a prisão na noite de quarta-feira. Mas quando chegou à delegacia com a documentação sobre a pesquisa e as autorizações da universidade, não foi atendido de imediato. “Demorou muito, quando o delegado me atendeu, disse que o flagrante já havia sido feito”, disse.
Universidade
O vice-reitor da Urca, professor Patrício de Melo, informou que a universidade desconhece qualquer fato que “desabone os pesquisadores”. Ele explicou que os profissionais foram convidados em 2011 para participar do projeto intitulado “Estudos sistemáticos e paleontológicos da fauna de vertebrados, das formações Crato e Romualdo (grupo Santana) da bacia do Araripe, Nordeste do Brasil”. As escavações são financiadas pelo CNPQ.
De acordo com Melo, o ICMBio do Ministério do Meio Ambiente e o Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), órgãos de fiscalização e controle de impacto ambiental, foram informados e autorizaram as pesquisas. “Para nós o projeto está plenamente regular. Soubemos que o DNPM foi acionado pela PF, mas a universidade ainda não. Mas o importante é que essas peças seriam investigadas e devolvidas”, ressalta.
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