sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Suposta vidente é presa no CE ao cobrar R$ 1.500 por cura, diz polícia (Postado por Lucas Pinheiro)

Uma mulher que se diz vidente foi presa em Brejo Santo, interior do Ceará, por estelionato, após prometer curar um homem de transtornos mentais e cobrar R$ 1.500, de acordo com o delegado regional Tenório Brito, que ordenou a prisão da suspeita. A suposta vidente havia cobrado, segundo o delegado, inicialmente R$ 1.000 para curar um homem de sofria de "perturbação da saúde mental". Depois, cobrou mais R$ 1.500 para finalizar o trabalho.

"Como ele não tinha o dinheiro na hora, ele pagou o valor com uma geladeira, e a vidente prometeu rezar para curar a vítima das perturbações", explica o delegado. Em seguida, ainda segundo Brito, a vidente cobrou o valor de R$ 1.500 para curar o irmão do cliente, já que, segundo a mulher, a perturbação foi "transferida" para o irmão.

"Quando ela cobrou a segunda vez, o homem se sentiu lesado e denunciou o caso na delegacia. Ela foi indiciada por estelionato por cobrar por um serviço que não pode realizar, se aproveitando da inocência das pessoas", diz. O delegado diz que em Brejo Santo as curandeiras são comuns. Mas segundo ele, a atividade não configura crime de estelionato, porque as curandeiras têm liberdade religiosa assegurada pela Constituição.

A vidente foi presa na quarta-feira (8) e foi solta após pagar fiança de dois salários mínimos. O cliente recebeu de volta a geladeira que havia usado para pagar pela suposta cura. Em depoimento, de acordo com o delegado, a suspeita assumiu que cobra pelas rezas e negou o crime de estelionato.

Mais de cem golpes
A Polícia Militar obteve como prova dos crimes de estelionato um caderno da vidente com o nome de mais 100 clientes. "Nós vamos analisar caso a caso todos os clientes anotados no caderno. Qualquer um que tenha sido vítima de estelionato, vai ter o seu valor ressarcido", afirma o delgado regional de Brejo Santo.

Brito diz que em cada cliente há valor pago pelos clientes, o serviço realizado pela suspeita e anotações de dívidas pendentes.
 

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