OI e Vivo abaixo da média no CE, segundo Anatel
18.05.2013
Fortaleza/Brasília. A OI continuou em falta com os consumidores cearenses no fim do ano passado e no começo deste, ficando, mais uma vez, com os indicadores de desempenho de voz e dados abaixo da média exigida pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), de acordo com a segunda avaliação trimestral do plano de melhoria do serviço móvel, divulgada ontem. A Vivo também foi reprovada na 2ª edição da pesquisa, com o serviço de dados abaixo da meta para uma das cidades cearenses incluídas na pesquisa. Só Fortaleza e Caucaia fizeram parte do levantamento por serem as únicas do Estado acima de 300 mil habitantes.
Cearenses de Fortaleza e Caucaia tiveram os serviços de dados comprometidos pela oferta das operadoras, segundo a pesquisa da Anatel Foto: Kid Júnior
A média da velocidade aferida por mês, segundo o estabelecido pela agência, deve ser 60% da prometida e, além disso, em 95% das medições individuais a velocidade "instantânea" entregue deve ser de pelo menos 20% da contratada. Como parâmetro para a publicação divulgada ontem, a Anatel estabelece uma média mínima de 95% da entrega do pacote de voz contratado. De queda, apenas 2%.
Já para dados o limite mínimo de entrega sobe para 98%, enquanto a média para a queda permanece em 2%.
Falhas no Ceará
Foram nestes quesitos que a OI deixou a desejar em Fortaleza e em Caucaia. Ela entregou, em Fortaleza, 92,3% do prometido para voz em janeiro deste ano (enquanto o limite era 95%) e 89,2% para os dados. Em dezembro, as médias entregues foram de 93,2% e 89,2%, respectivamente. Em Novembro chegou a 92,6% e 90,4%.
Já em Caucaia, os índices foram piores, segundo a Anatel. Em janeiro, a entrega de voz foi de 80,53% e dados 77,4%. Nos dois meses anteriores chegou a 80,5% (voz) e 76,1% (dados); e 85,3% (voz) e 82,1% (dados).
Dos dois municípios cearenses, a Vivo ficou abaixo do esperado em Caucaia em dois, dos três meses investigados pela Anatel no que diz respeito ao serviço de dados. Em janeiro, a média entregue foi de 97,8% (dos 98% mínimos exigidos pela agência) e, em dezembro, foi de 97,9%. Nenhuma das duas operadoras atingiu o limite de queda.
Respostas
Contactadas pela reportagem, OI e Vivo destacaram seus investimentos na infraestrutura das redes e ressaltaram a importância da pesquisa da Anatel.
Balanço nacional
Apesar de ter conseguido reduzir o número de queixas de usuários, a empresa de telefonia celular TIM continua no topo da lista de empresas com mais reclamações registradas na Anatel.
Ao longo dos três meses pesquisados, a TIM conseguiu reduzir o número de queixas registradas por mês de 3.500 para 3.000, mas, mesmo com a melhora, a operadora segue na primeira posição da lista, com o maior número de usuários insatisfeitos. A Claro ficou em segundo lugar, mesmo também tendo reduzido o número de reclamações no período, que passaram de quase 2.000 para pouco mais de 1.500. A OI, que em novembro era a empresa com menor número de reclamações, perdeu a posição para a Vivo em janeiro.
Mesmo com uma diferença apertada, a OI manteve o número de queixas estável, enquanto a Vivo, que tinha quase 1.500 reclamações em novembro, reduziu essa quantidade para cerca de 1.200.
Empresa com menor número de reclamações de usuários, a Vivo é a maior operadora de telefonia móvel do país, com 75.987.544 milhões de linhas ativas em março, último dado disponibilizado pela Anatel, e 28,78% de participação do mercado. Procuradas, nenhuma das operadoras se manifestaram sobre o ranking da Anatel.
Internet
De acordo com a agência reguladora, o novo relatório aponta que o acesso à internet e ao pacote de dados continua sendo o maior alvo de reclamações das empresas. Na média, as operadoras estão três pontos percentuais abaixo da meta mínima de qualidade estabelecida pela reguladora. Para completamento das chamadas, queda das ligações ou falhas do sinal ao longo da conversa, as operadoras fecharam o trimestre muito perto das metas estabelecidas, com diferença de cerca de um ponto percentual.
Qualidade abaixo da meta
O desempenho de qualidade dos serviços nesse período continuou abaixo das metas estipuladas pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).
"O relatório aponta que o acesso à rede de dados continua sendo o maior desafio das empresas, pois está 3% abaixo da meta estabelecida pela Agência", informou o órgão regulador por meio de nota. Outros parâmetros, como a queda de chamadas, a queda de conexões e o acesso à rede de voz ficaram próximas às metas da Anatel.
"Em alguns municípios, porém, esses indicadores requerem mais atenção porque apresentaram desvios em relação à meta", completou a nota. A próxima avaliação conterá os dados de fiscalização relativos aos meses de janeiro a abril de 2013.
Multa para quem não atingir metas
Brasília. O presidente da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), João Rezende, disse ontem que as operadoras de telefonia móvel deverão ser multadas por não terem atingido as metas estabelecidas pela agência para o serviço de conexão à rede de dados.
"Vamos abrir um processo e elas poderão apresentar suas alegações", disse. Uma avaliação divulgada ontem pela Anatel mostrou que a taxa de acesso à rede de dados das quatro empresas analisadas (Vivo, Claro, TIM e Oi) ficou em 95%, enquanto a meta da agência é 98%."Está abaixo da meta, mas não dá para dizer que o serviço está em declínio, tem uma estabilidade nos últimos meses", disse Rezende.
O Sindicato Nacional das Empresas de Telefonia e de Serviço Móvel Celular e Pessoal (SindiTelebrasil) informou que as empresas estão empenhadas em aprimorar a qualidade dos serviços e apresentaram desempenho melhor que a meta definida para indicadores de acesso à rede de voz, de qualidade da ligação de telefônica e de estabilidade da conexão à internet.
A entidade também informou que a Anatel registrou diminuição no número de reclamações sobre falhas de rede no call center da agência.
"O SindiTelebrasil alerta para a necessidade de se estabelecer alavancas para estimular a expansão dos serviços, com qualidade e cobertura adequada de sinais e retirar os entraves à instalação de antenas previstos em diversas leis municipais", diz a nota da entidade.
Três estados sem problemas de rede
Brasília. As empresas de banda larga fixa nos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais estão cumprindo as novas metas de entrega da velocidade de conexão contratada pelos usuários, revelaram os primeiros dados detalhados da medição de qualidade do serviço divulgados pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).
Utilizando equipamentos que fazem medições a cada hora na velocidade de dados das conexões de usuários voluntários, o órgão regulador verificou que todas as empresas se adequaram às metas. No Estado de São Paulo, a Net obteve o melhor desempenho em abril, entregando em média 99,98% da velocidade contratada pelos usuários. Já a Telefônica Vivo entregou uma média de 89,82% da velocidade prometida, enquanto a GVT alcançou uma média de 89,60%.
No Estado do Rio de Janeiro, a Net entregou na média uma velocidade superior à contratada pelos clientes, chegando a 101,20%. Já o serviço da GVT registrou uma média de 89,33% da velocidade contratada, enquanto a Oi entregou em média 77,29% do prometido.
Em Minas Gerais, a Net também superou os valores de contrato e entregou em média 102,68% da velocidade contratada pelos usuários.
Na sequência, a GVT entregou 98,56% do previsto nos contratos com clientes; a CTBC, 91,94%; e a Oi, 85,09%
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